quarta-feira, 18 de julho de 2007

Procedimento Operacional Padrão Baciloscopia Tuberculose




  1. CEAMP
    Laboratório de baciloscopia da Tuberculose (BK)
    Secretaria de Saúde da Prefeitura do Paulista
    Dr. Félix Gerardo de Vasconcelos Motta

Procedimento Operacional Padrão no Diagnostico da tuberculose pulmonar por baciloscopia na cidade do Paulista - PE - Brasil


Recebimento da amostra para baciloscopia para diagnósticos microbiológico da tuberculose

O Paciente é orientado de uma forma clara em produzir escarro e não saliva. A respectiva coleta deve ser realizado fora do prédio no ar livre e distante de outras pessoas

As amostras são recebidas em potes com tampas rosquiada contendo em média 5 ml de escarro identificada de acordo com a requisição do exame, e acondicionada em bandeja de inox para serem encaminhada a sala do laboratório de bacilocopia com requisição e ficha de informação, que deve ser preenchido pela recepção do laboratório, contendo os dados do paciente. Nome (o nome não pode ser abreviado), endereço, data de nascimento e ou idade, informar se à amostra é 1ª 2ª 3ª indicar se de diagnostico ou controle e data do inicio do tratamento se à amostra for de controle de tratamento, e a data do recebimento da amostra e um telefone para contato. O nome e o registro do paciente deve ser afixado no recipiente propriamente dito e não na tampa.


A amostra recebida nos postos. O escarro devera ser transportado da unidade de saude para o laboratório por meio de um mensageiro e devera ser acondicionada em caixas térmicas com gelo reciclável de modo que o pode não vire e não derrame, garantindo desta maneira a viabilidade do espécime biológico a ser examinado.


As amostras são retiradas da bandeja de inox e colocadas na bancada do laboratório de baciloscopia pelo técnico para procedimentos de identificação e do preenchimento do livro branco e preparação do esfregaço.


Antes de iniciar o registro do material recebido fazer a desinfecção externa do pote, com gaze ou algodão molhado com hipoclorito de sódio a 1% ou fenol a 5% Identificar a amostra no corpo do pote. O técnico devera usar equipamentos de proteção individual.Luvas de procedimento de látex descartável mascara NP 15, óculos de segurança, bata ou jaleco com manga comprida e punho e sapatos fechados.
Comprovar se a amostra esta corretamente identificada e de acordo com as solicitações enviadas
Verificar a quantidade e a qualidade do material se estiver insuficiente ou inadequada solicitar novo
 material ou informar através do resultado do exame


Prepara o local de trabalho e identificar os potes de escarro no corpo
Colocar as amostras em ordem crescente e a respectiva lamina em frente ao pote
Numera-la do lado oposto do esfregaço
Abrir somente o pote da amostra que vai fazer o esfregaço , colocar próximo ao bico de Bunzen



Com o aplicador de madeira partida em dois usar o lado das pontas farpado.
Escolher a partícula mais densa ou purulenta e ou sanguinolenta do escarro ou uma mistura da amostra, quando só existirem pequenas partículas purulentas ou mucosas. No casa da amostra ser rica em saliva ou estar muito liquida proceder a centrifugação da amostra


Fazer uma linha divisória em torno de1/3 da lamina, sendo o restante destinado ao esfregaço.
Estender com mesmo aplicador ate o extremo oposto. Evitar espaços vazios desprezar o excesso no próprio pote da amostra
Não se dever aquecer a lamina durante a preparação do esfregaço.


Ao termino do esfregaço desprezar o aplicador no recipiente para descarte.
Colocar as lâminas para secagem natural sem aquecimento.
Após a secagem fixar três vezes no fogo rapidamente.
Guarda o pote bem fechado na geladeira só descarta-lo após a entrega do resultado.



Proceder com a coloração de Ziehl-Neelsen

Filtrar os corantes antes de iniciar a coloração para evitar formação de precipitados.

Coloração pôr Fucsina fenicada – cobrir a lamina de corante durante 5 minutos.
Aquecer a lamina 3 vezes ate emissão de vapores.
Lavar em água corrente.
Descoloração com álcool-acido – 1 minuto.
Lavar em água corrente.
Coloração de fundo com Azul de Metileno - cobrir a lamina com o corante durante 30 segundos.
Lavar em água corrente.


Colocar as laminas no suporte de madeira para secagem e leitura da mesma pelo Biomédico.
Utilizar objetiva de (100 x) com óleo de imersão
Devem ser examinado e contado os bacilos em duzentos campos no mínimo
As micobactèrias apresentam-se como bastonetes delgados, ligeiramente curvo, isolados, aos pares ou em grupos, corados em vermelho com fundo azul – BAAR.


O resultado deve ser informado em cruzes de acordo com os números de bacilos encontrado por campo. Quando encontrado 10 ou mais por campo em 20 campos examinados o resultado é +++ três cruzes. Quando encontrado 1 a 10 por campo em 50 campos examinados o resultado é ++ duas cruzes. Quando encontrado menos de um bacilo por campo em 100 campos examinados o resultado é + uma cruz. Quando encontrado em 100 campos ate 10 dez bacilos emitir o laudo indicando o número de bacilos. Quando não for encontrado bacilo em 100 campos ler mais 100 (200) o resultado é negativo.
Quando o resultado do exame da amostra for positivo o Biomédico deve anotar a quantidade de cruzes na extremidade da lamina para endentificar para envio mensal para o controle de qualidade.


Anotar os resultados no Livro de registro de baciloscopia e de cultura para diagnostico e controle da tuberculose
Digitar os dados do paciente e dos resultados das baciloscopia examinadas no SILTB – Sistema de Informação Laboratorial da Tuberculose
Encaminhar os resultados das baciloscopia para digitação.
Conferir os resultados dos exames de baciloscopia digitados, assinar, liberar e envia-los para a recepção do CEAMP e postos.



O descarte dos potes contendo os escarros será realizado apos a liberação do resultado dos exames, seguindo os seguintes procedimentos.
Após a preparação do esfregaço o pote contendo o escarro fica armazenado em geladeira para possíveis repetições
Os sacos contendo os escarros e demais material biológicos e contaminado são acondicionados diariamente em bambonas fornecidos pela empresa responsável pelo lixo biológico do CEAMP – SMS.A superfície da bancada precisa ser desinfectada no final de cada expediente com hipoclorito de sódio

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Tuberculose Multi Drogas Resistente


Tuberculose


E uma doença infecto-contagiosa crônica de distribuição mundial causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis). Ela tem preferência pelo pulmão, podendo infectar outros órgãos e tecidos.





SINTOMAS


Tosse com expectoração (catarro) pôr mais de 4 semanas, Febre, geralmente a tarde, Anorexia, emagrecimento, Dores nas costas e no peito, Adinamia Fraqueza, desanimo, e cansaço fácil, Suores noturnos Prostração


Tuberculose Agente Etiológico


Mycobacterium tuberculosis hominis
Mycobacterium tuberculosis bovis
Mycobacterium africanum
Mycobacterium microti
Mycobacterium canetti


Os bacilos da tuberculoses são aeróbicos absolutos Prosperam PO2 em 140 mm Hg
São conhecidos 30 espécies de mycobacterium


As mycobacterias apresentam as estruturas básicas de todos os organismos bacterianos e possuem : Fosfoglicolipìdios, Fosfolipídios e Cera especificas


Transmissão


Direta através da tosse, espirro, ou escarro de pessoas contaminadas no estado baciliferas, sintomáticas ou não, quanto gotículas de secreção do pulmão são expelidas no ar
Indireta procedimentos com material biológico contaminados formadores de aerossóis, falha na Biosesgurança (barreiras de contenção primaria e secundarias)
Intencional guerra biológica e bioterrorismo



Vacinação BCG em crianças menores de um ano e reforço na idade escolar (7 à 11 anos) evita as formas graves da doença ( BCG – bacilo calmette-guèrin)


Diagnostico da tuberculose



Teste de reação de Mantoux
Baciloscopia
Cultura
Biopsia
Exame radiológico
Molecular PCR


Tratamento tuberculose
Não existia ate 1900
Isolamento em sanatórios em regiões serranas
Boa alimentação
COMECO DO SECULO XX
50% morriam
25% cronificavam
25% curavam espontaneamente


DECADA DE 1940
Estreptomicina

Isoniazida
DECADA DE 1970
Tratamento ambulatorial
DECADA DE1980
Rifampicina

Isoniazida
Pirazinamida


No meados do anos de 1980 quando o controle da tuberculose Pulmonar em alguns paises desenvolvidos e alguns paises emergentes já apresentava uma expresiva diminuição da incidência em consequencia de envestimentos em saneamento basico e aceso da população a vacinação BCG e disponibilização dos medicamentos anti-tuberculose. com o advento do HIV e a mudança no comportamento sexual, o não uso de preservativos e as transfusão de sangue sem controle de qualidade foi a no principio o responsavel pela mudança do perfil epidemiologico. Começa a mudar o indice de incidencia de formas resistente a drogas em uso corrente no tratamento da tuberculose Pulmonar e outras formas clinicas, gerando aumenta da morbidade tuberculose/ AIDS, com alto indice de mortalidade crescente

Internacionalmente, multidroga resistência é definida como resistência à rifampicina e à isoniazida. No Brasil, contudo, optou-se por uma definição operacional de "tuberculose multidroga resistente": "qualquer forma clínica da doença na qual o exame bacteriológico detecta resistência "in vitro" à, pelo menos, rifampicina, isoniazida e a mais uma ou mais das drogas componentes dos esquemas I (rifampicina, isoniazida e pirazinamida) ou III (estreptomicina, etambutol, pirazinamida e etionamida). Possivelmente a tuberculose multidroga-resistente é o resultado da acumulação de diferentes mutações independentes e não é pruduto de um único evento.
Conceitualmente, um paciente diagnosticado como portador de tuberculose que inicia o tratamento quimioterápico tanto pode ter suas lesões colonizadas por bacilos que adquiriram resistência durante o tratamento como pode ser portador de M. tuberculosis que, desde o processo de infecção, já eram resistentes a uma ou mais drogas. A primeira situação é denominada resistência adquirida e a segunda resistência primária